Nesta imensidão de um tempo perdido,
que teima em não parar, e que desgasta o sabor do amanhã: nasce uma vontade
enraizada em ventre maduro. Olho em redor e encontro o limite entre o viver e a
vontade de ser. Perco-me em pensamentos onde o acabar dos meus lábios é o
começo dos teus e guardo nas mãos as palavras que gostava de escrever, mas que
fogem pelo frio que encontram quando se cruzam com o olhar – o teu olhar!
É clara a vida enraizada numa
terra que estremece a cada pico do dia; é forte a palavra que antecede o abraço:
ou o cair de um beijo no horizonte por não encontrar o calor dos teus. Simples
seria se estivesses aqui, e me amasses, neste momento: era o tempo ultrapassado
pelos gemidos a cada compasso, era a vida perdida pela vontade de o ser. Livre é o caminho do
regresso.
Depois vai, encontra o teu tempo,
e deixa-me ficar nesta imensidão de um tempo perdido, que teima em não parar, e
que anseia o sabor do amanhã contigo.
4 comentários:
Será, a seu tempo. Ou quando puder ser. E se puder.
Bolas......
Beijos.
eu estou a tentar inventar um tempo sem tempo...
Maria... minha amiga Maria...
Bolas!!!!
:)
Beijos
Beijo, Jorge :)
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